Somos feitos de pequenas construções, pedacinhos de almas que passam em nosso caminho e vão tecendo nossa existência.
É hora de nos perguntarmos:
- O que guardei daqueles que tocaram meu ser?
- O que ofereci àqueles que também levaram algo de mim?
Olhando minha mãe costurar uma colcha de retalhos naquela máquina antiga, que ainda existe por aqui, me dei conta que a vida é igual aquela colcha, cheia de retalhos, histórias que construíram outras histórias, de pequenos pedaços de vida que foram se agregando a tantas outras vidas.
Aquela máquina de costura sempre me diz que o essencial da existência ainda está ali, bem pertinho de mim, no tilintar da correia, nos pés de mamãe subindo e descendo e sobretudo na alegria dela ao contemplar a simplicidade e a beleza da colcha colorida, construída pelos pequenos retalhos.
A VIDA DEVE SER ISSO...ESSE ETERNO COSER!!!