Jhay estava estranhamente alegre naquela noite. Decidiu então abrir uma garrafa de vinho branco. Seus olhos tinham um brilho que há muito já não reluzia mais. Porém, naquela noite, ela esperava alguém especial, com certeza não seria apenas mais um daqueles encontros fortuítos. Ah! Não seria mesmo!
Ela tomou um banho demorado, perfumou-se, vestiu-se elegantemente, e pelo nervosismo que demonstrava, realmente estava esperando alguém que mexia com suas estruturas.
Jhay ouviu o toque da campainha, levantou-se de súbito e quando abriu a porta, encarou com um sorriso docemente encantador aquele homem alto, moreno, do sorriso branco e desnorteador.
- Entre, sinta-se em casa. Aceita uma taça de vinho branco?
- Será uma prazer acampanhá-la.
Os dois degustaram aquele vinho branco, trocaram palavras, sorrisos e caricias. Saimon lhe conduziu pela mão até o quarto, lhe despiu tão suavemete que parecia ter medo de tocá-la. Beijou-lhe todo o corpo e ali, na cama onde Jhay vivera vários encontros fortuítos, tiveram a melhor noite de amor de suas vidas.
Jhay se entregou de corpo e alma àquela paixão ardente, seu coração palpitou aceleradamente fazendo-lhe relembrar a sensação de está viva. Naquela noite, ela finalmente se entregou ao amor. Sim, como ela mesma disse, se entregou finalmente ao amor.
- Quem diria Saimon, eu, que nunca quis amar, que tinha um coração de gelo, agora estou aqui, perdidamente apaixonada, desejando passar a eternidade ao teu lado.
Jhay finalmente se rendeu aos mistérios do amor. O quanto vai durar? Quem poderá saber? Mas, como diz o poeta Vinícius de Morais: QUE SEJA ETERNO ENQUANTO DURE!!!